sábado, 8 de agosto de 2015

Tinha um Gabriel no meio do caminho, no meio do caminho...




Mariana, acho que em outras vidas você foi uma parada muito sinistra e nessa veio afinada com o silêncio.
 
Mariana:
Em outras vidas posso ter sido pedra no meio do caminho. Que a gente teme pela dureza, pelos adjetivos que impomos a pedra, mas ninguém melhor que uma criança para não se importar com tudo que dizem sobre a pedra. Elas simplesmente as pegam e jogam na água. Um divertir-se com a potência dos encontros. De repente a pedra toca na água e causa aquele impacto, ela faz um buraco e quem vê de fora considera o peso; mas a água também brinca, se deixa fazer aquele furo e por conseguinte faz emergir. Isso acontece nas nossas relações, só que a gente aprendeu a encarar tudo isso como dor e não como afeto, que é, existe e transforma.

Ninguém melhor que a pedra para gostar de silêncio.
E afiná-lo.
Ai, a gente serve para tanta coisa.

Trechos de um diálogo com Mariana Amaral às 10:30 A.M no dia 08 de Agosto de 2015.

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Mesmo dia às 17:00 P.M

- Posso tirar uma fotografia sua?
- (silêncio | continuou brincando com a pipa)
-Qual o seu nome?
- (silêncio | continuou brincando com a pipa)
- Você quem fez esta pipa?
- (silêncio | continuou brincando com a pipa)

Se levantou devagarinho e seguiu seu caminho.

....

 - Mariana, acho que ele é uma pedra nessa vida.
 - Que incrível, Thami! 

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Mumbaba - Ceará - Brasil






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Agosto 2015
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